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Romances no Rio 4 - Uma Babá para Amar


peter gallangher
Márcia é uma babá que gosta do que faz e acredita em seu trabalho. Cristiano Nievre é um empresário viúvo que leva sua filha para a fábrica onde trabalha movido
por um terrível sentimento de culpa relacionado a morte de sua esposa. Ao ser admitida como babá, Márcia não concorda com o modo como Cristiano pretende educar
sua  filhinha de apenas um aninho.

                                                                        

Capítulo 1


    - O que faz aqui? - Perguntou Paulo Emílio completamente estupefato. O rapaz a sua frente estava muito distante do lugar onde morava.
    - Estou bebendo um conhaque, não está vendo? - Respondeu secamente o homem, sentado numa mesinha de um quiosque à beira mar. Estavam em Muriqui. E, sem demonstrar
qualquer tipo de emoção por encontrar um conhecido, Bebeu de um só gole, o conteúdo de seu copo. Fazia questão de ser antipático, desagradável, mal-humorado e taciturno.
Demonstrando uma crescente irritação por estar sendo incomodado, pediu outra bebida, a qual, virou de uma vez, repetindo o gesto anterior.
    - Posso sentar aqui com você? -  Perguntou Paulo

Emílio, já sesentando antes de receber permissão e sem demonstrar qualquer tipo de antagonismo direcionado ao rapaz
mal-humorado que segurava o copo cada vez mais irritado. Aquele homem solitário sentado a sua frente, era o dono da empresa onde ele trabalhava. Era seu patrão.
Conhecido pela fama de taciturno e rabugento, vivia enclausurado num poço constante de mau-humor, exceto quando estava com sua filhinha, Raíssa, que tinha somente
um aninho de vida.
    Desde que perdera a esposa num acidente de carro, apenas um Mês depois de ter dado à luz a filhinha do casal, Cristiano Nievre, jamais se separava da criança.
Levara-a para o seu escritório todos os dias, que ocupava todo um andar em cima de uma fábrica de auto peças. E nunca mais deixou sua filha totalmente aos cuidados
de terceiros, a não ser que fosse debaixo de seu nariz.
    Incrivelmente, era ali, naquele ambiente barulhento onde ele preferia trabalhar e levar
sua garotinha para que passasse os dias com ele. Na verdade, aquela fábrica não era o seu
único negócio. Tinha outros empreendimentos e muito de seu capital estava empregado em outros
investimentos, que, no geral, o transformara num homem rico. No entanto, fora ali, com aquela
fábrica, que ele ingressara no mundo dos negócios, fora aquela fábrica que o impulsionara e o
lançara no mundo dos ricos, E era ali que ele gostava de estar.
    Não era um homem de se importar com as opiniões alheias e, quando alguém tentava criticálo
por levar sua menina e a babá para aquele lugar aparentemente insalubre para se manter uma
criança, ele, a princípio, lançava um olhar tão gelado para seu interlocutor que este
paralisava congelado. Caso não se intimidasse com a geleira no olhar de Cristiano Nievre e a
pessoa continuasse falando, ele simplesmente a mandava calar-se e a meter-se com a própria vida.

    Dessa forma, as coisas continuavam iguais para ele. A babá ia e voltava com ele todos os
dias e assim, sua Raíssa ia crescendo no meio daquela parafernália de metais barullhentos.
Aliás, excessivamente barulhentos para qualquer ouvido. Isso, sem falar no pó que os metais iam
lançando no ar ao serem moldados, aparados  até que as tais peças estivessem totalmente prontas.
    Essas coisas causavam transtornos e os mais estranhos tipos de mexericos.  Sabiam que ele tinha a capacidade de abandonar uma reunião importante da empresa,
caso qualquer
reclamação de preocupação chegasse aos seus ouvidos, através de sua babá.
    E, se por um acaso qualquer, algo de diferente acontecesse com a menina e ele não fosse imediatamente notificado, o mundo poderia vir abaixo em questão de segundos.
    Tinha um imenso sentimento de culpa, pois Luísa, sua esposa, morrera num acidente, uma hora depois de  pegar o carro, muito irritada e aborrecida, após uma discussão
entre os dois.
    Tomado por aquele sentimento hostil e devastador, Cristiano nunca mais saíra de perto da filha. Levara Dona Cidinha para o escritório com ele a fim de cuidar
de sua Raíssa. Dona Cidinha, uma senhora de quase sessenta anos, fora sua babá e ele tinha plena confiança de que somente ela poderia cuidar de sua menininha.
    A velha babá aceitara, mas deixara claro que seria por pouco tempo.
Ela também se casara, tão logo Cristiano fizera 11 anos e tivera uma filha. Quando Cristiano a chamara para ajudá-lo, ela lhe dissera que sua filha, agora casada,
poderia precisar dela.
    E foi justamente o que acontecera. A filha de Dona Cidinha, prestes a dar à luz, chamara por sua mãe que correra urgentemente para lá, deixando-o sozinho com
Raíssa.
    A palavra sozinho não era um termo exato. Em sua casa no Recreio dos Bandeirantes, tinha um casal de empregados, que morava ali, num apartamento nos fundos
do terreno, com seus três filhos. Mas ele  não queria confiar a qualquer um a tarefa de cuidar de seu tesouro, embora o casal que ali morava, nada tivesse de estranho,
pois vivia com ele desde sua adolescência e tivera mais presente em sua vida do que seus próprios pais. Tanto que, ao se casar, seus pais, que gostavam mais de viajar
do que ficar em um lugar fixo, acharam mais conveniente que Nico e Ângela o acompanhasse em sua nova vida.
    Além disso, contratara Dona Cidinha para acompanhá-lo onde quer que fosse. Saía de casa pela manhã e levava, filha e babá com ele, em todos os lugares que precisasse
ir.  As duas passavam o dia inteiro em seu escritório e, caso precisasse viajar, levava-as consigo.
    Paulo Emílio observou o patrão. Desde que a menina nascera, nunca o vira sem ela. Sabia
que Cristiano, volta e meia, saía sozinho para dar uma relaxada, mas era algo muito
esporádico e de tempo quase contado. Não tinha tempo para envolvimentos emocionais, não
queria saber de relacionamentos. só queria ter tempo para estar com sua filha. Suas
necessidades básicas podiam esperar e, quando se tornava quase impossível suportar a tensão
de estar só, dava uma rápida saída, o que logo resolvia o seu problema.
    - Onde está a menininha? - Perguntou curioso.
    - Quem sabr no meu bolso?
    - Deixe de ser tão rabugento! Onde está a garotinha?
    - Aqui perto, com meus pais. - Respondeu Cristiano suspirando resignado. Conhecia Paulo Emílio muito bem. Antes de se casar, foram amigos de farra. Tomaram muitos
pileques juntos. E, por conhecê-lo tão bem, sabia que ele se sentaria e perguntaria o que lhe desse na telha. Era seu patrão, isso era certo. Porém, ali não era
seu local de trabalho e Paulo Emílio era uma das poucas pessoas que ele conhecia que se lixava para o seu temperamento
taciturno. Fosse na fábrica ou fora dela. E ainda com o antecedente de muita bagunça juntos...
    Mas isso fora antes de Luísa. Depois que a conhecera, parara com as noites de bebedeiras, com o imenso fluxo de mulheres que frequentava a sua cama, e passara
a levar a sério os negócios  aos quais ele iniciara por conta própria.
    Dois anos e meio depois que se casara, Raíssa nasceu e ele se sentia a recompensado por alguns problemas que encontrara em seu casamento.  Passou a se sentir
a pessoa mais feliz do mundo.  Era pai. Raíssa era um pedaço dele. Era sua. Sua filha. Era totalmente sua. Até que, por causa de seus ciúmes e de sua tão conhecida
intolerância e possessividade, a felicidade que sentira durante aqueles dias ao se tornar pai, se fora e Luísa acabou perdendo a vida.
    - Não sabia que seus pais tinha uma casa por aqui... - Divagou Paulo Emílio. - Você nunca me disse isso...
    Cristiano olhou o amigo e pensou que não tinha que dar satisfação de sua vida para ninguém. No entanto, queria ficar sozinho e o rapaz a sua frente não arredaria
o pé dali sem saber, nos mínimos detalhes o que fazia em Muriqui, aquela hora da noite e sem Raíssa. Suspirou fundo.  Orr mais longe que estivesse, sempre aparecia
alguém para lhe torrar a a paciência!
    - Comprou-a faz pouco tempo, por influência dos Barcelos.
    Paulo Emílio levantou as sobrancelhas e Cristiano percebeu o gesto.
    - O que está pensando? - Perguntou carrancudo.
    - Nada... É que... É uma coincidência incrível, não acha? - Respondeu Paulo Emílio ficando mal humorado de repente.
A Lurdinha está aqui e você também...
    - Deixe de ser idiota!- Grunhiu por entre dentes, lançando ao Paulo Emílio um olhar tão furioso que este recuou. -  - Acha que vim parar aqui por causa de uma
mulher? Desde quando perco meu tempo com mulheres? Só me faltava essa!
    - E isso estaria errado? Você é um homem e... Está aqui sem Raíssa. E você nunca se separa dela. Além disso, a filha dos Barcelos também está aqui e... Os pais
dela não estão. - Disse Paulo Emílio quase atropelando as palavras. - E vocês dois tiveram um rolo no passado. Concluí que...
    - Concluiu erroneamente! Meus pais encheram minha paciêcia para que eu viesse conhecer a porcaria da nova casa de praia. Mal cheguei e minha mãe começou a se
lamentar que ela nunca podia ficar a sós com Raíssa e o meu pai, logicamente, fez-lhe coro. Como a minha babá foi embora e eu não aguentava mais os choramingos de
minha mãe, disse-lhe que deixaria Raíssa com ela e que a pegaria na segunda. Estava voltando para o Rio, mas fiquei irritado por ter cedido às choradeiras de minha
mãe. Resolvi tomar uma bebida e voltar lá e ficar com minha filha. Eu... Eu...
    Calou-se. Não ia demonstrar sua fraqueza diante de Paulo Emílio mesmo que tivessem sido
amigos por muitos anos. Mas, na realidade estava perdido. Não sabia o que fazer se sua filha
não estivesse por perto. Não sabia mais paquerar, não sabia relaxar, não sabia se divertir.
Vivia apenas para a menina. No entanto, sem  Raíssa por perto, o que restava?
    - Sei... - Falou Paulo Emílio um tanto cismado.
    - Acha que vou ficar me justificando para você? Quer acreditar, acredite. Se não quiser,
que se dane!
    Paulo Emílio começava a ficar irritado.
    - Por que essa cara? Não tenho o menor interesse em Lurdinha e você
sabe disso. Qual é o problema agora? E, se por acaso eu estivesse interessado nela, precisaria me esconder de alguém? - Falou mais alto do que queria. - Está-se
esquecendo que fui eu quem apresentou vocês? E eu não lhe devo satisfação sobre onde devo estar ou sobre o que quero fazer. Vá para o diabo! - Rosnou furioso.
    - Lurdinha está dando uma festinha agora. Eu... vi você aí e sem Raíssa, achei que você estava indo para lá.
    - Ah, entendi! Você ainda está com ela! E está desconfiado de mim? Toma jeito, rapaz! A última vez que vi Lurdinha foi no batizado de Raíssa...  Que por acaso
é madrinha de minha filha.  - Pensou um pouco e desabou uma bomba em cima de Paulo Emílio.
    - Festinha, né? Se você está indo na casa da Lurdinha, vou até lá com você. Faz tempo que nós dois não enchemos a cara juntos. E hoje eu quero beber todas! Estou
sem Raíssa mesmo. E é a primeira vez que me separo dela desde a morte de Luísa. Nunca fiquei
tanto tempo longe de minha filha. Estou precisando encher a cara.
    Paulo Emílio, roxo de ciúmes, amaldiçoava a sua boca grande por falar demais! Entrou em seu carro com cara de poucos amigos e Cristiano Nievre o acompanhou com
o seu. Sabia que nem deveria estar dirigindo. Estava bastante embriagado.
    Não era uma festança como Cristiano Nievre imaginara. Havia quatro casais e mais a anfitriã, que era a única que estava sozinha.
Mal entrara e ele se arrependera por ter ido até ali. Com toda a certeza, Lurdinha
esperava por Paulo Emílio e ele sobrara. Quis estrangular Paulo Emílio. Estava completamente sem graça. Porém,
acabou compreendendo que a culpa era sua. Paulo Emílio nem o convidara.
    Paulo Emílio logo se apossou de Lurdinha, temendo que ele o fizesse.  A moça, entretanto, veio recebê-lo com amabilidade, perguntando por sua afilhada e revelando
surpresa por saber que seus pais haviam comprado uma casa por ali.
    - É mesmo? Papai não me disse nada. Faz muito tempo? Tem um tempão que não temos notícias suas ou de sua família. Nem parece que crescemos juntos!
    - Comprou-a há uns dois meses, mais ou menos. - Ele olhou a moça e percebeu que ela ainda era a mesma mocinha da qual se lembrava em sua adolescência.  As famílias
eram muito amigas e eles haviam passado a infância e adolescência juntos. Quando resolveram namorar, foi uma satisfação para seus pais. Entretanto, se sentiam mais
como irmãos, não havendo entre eles, nenhum outro interesse. Assim, terminaram o namoro e continuaram amigos. Tanto que convidou-a para batizar sua filha. Porém,
desde o batizado que não se viam. Não que a moça não procurasse por sua afilhada. O problema era que, em todos os finais de semana, ele se enclausurava em um refúgio
qualquer e dispensava até a presença de Dona Cidinha.. Normalemte, ia com a criança para um hotel onde apenas sua mãe conhecia o endereço e por lá ficava até a volta
ao trabalho, na segunda.
    Respondeu às perguntas que a meiga Lurdinha fazia sobre a afilhada. Queria Vê-la. Mas nunca conseguia.
    Cristiano respondia às perguntas percebendo a avalanche de sentimentos catastróficos que passavam pela cabeça de Paulo Emílio e que a doce Lurdinha, em sua louríssima
candura, parecia nem tomar conhecimento.
    Naquele momento, ele só queria sair dali, pegar seu carro e desaparecer. Aceitou uma bebida, a qual bebeu de um gole só, enquanto se decidia se voltaria para
a casa de seus pais a fim de ficar com a filha, o que aborreceria sua mãe, ou se voltava para o Rio e se trancava em casa, hipótese muito mais desagradável.
    Despediu-se da anfitriã, imaginando que Paulo Emílio, que já se afastara de Lurdinha, indo para um canto da grande sala, ia explodir de Ciúmes se ele permanecesse
ali por mais um segundo, quando algo no interior da sala lhe chamou a atenção.
    O que acontecera? Todos ficaram quietos de repente!
    - O que aconteceu aí? - Perguntou Lurdinha voltando para dentro,
pois já estava na porta despendindo-se de Cristiano. Este também a acompanhou curioso pela cara que os convidados de Lurdinha faziam.
    - O que aconteceu? - Perguntou uma moça de imensa cabeleira cor de mogno.
Percebia que todos a olhavam e não sabia por que?
    - Ela pediu... Pediu várias e de diferentes sabores. - Falou uma moça morena que estava acompanhada de um rapaz. A morena, de nome Alice, estava sem jeito e
tanto Lurdinha quanto Cristiano notaram essa mesma impressão no rosto das outras moças, embora, todos os rapazes mantivessem uma expressão divertida nos olhos.
    - Mas o que ela pediu? - Perguntou Lurdinha, ainda sem compreender o que acontecia.
    - Eu... Eu pedia essas coisinhas que eles iam distribuir entre eles e que tem sabor de
morango. Eu disse que também queria... Só que de sabores diferentes. Não são os docinhos?
Aquele rapaz ali, - e apontou para um belo rapaz negro, - disse que eram docinhos de cores e
sabores variados. Eu pedi para mim também. Fiz mal?
    Todos riram. Lurdinha também. Cristiano ainda não compreendera muito bem se tinha entendido direito. Não fazia sentido.
    - O que você acha que são as coisinha de sabor morango, Márcia?
    - Coisinhas... Eles falaram coisinhas... Doces? Balas? O que pode
ser além de doces? Falaram em coisinhas de morango, uva, chocolate... Só podiam estar falando de doces! O que mais poderia ser?
    - Não Márcia! Eles falaram "camisinhas".
    Márcia olhou-os por alguns segundos e depois compreendeu.
    - Oh! Oh! - E saiu correndo da sala enquantos os casais e mais Cristiano caiam na risada.
    - Quem é ela? - Perguntou Cristiano curioso.
    - É Márcia. É filha dos caseiros. Eles acompanharam meus pais para
orientar os novos empregados lá em Teresópolis e eu pedi que Márcia me ajudasse. Ela não é nossa empregada, tem o trabalho dela, mas seus patrões vão viajar para
a Inglaterra e a boba não quer ir. Com a profissão dela ia ganhar muito dinheiro na Europa. Aqui no Brasil, tenho minhas dúvidas.
    - E qual é a profissão dela? - Perguntou Guilhrme movido por uma curiosidade que não lhe era peculiar. Desconheceu a si mesmo. Por que se interessara em saber
o que uma filha de caseiros fazia ou deixava de fazer.
    - Ela é babá. Mas não é uma babá qualquer. Buscou esse tipo de especialização. Há alguns anos,dos quinze aos dezoito, ela trabalhou num projeto para adolescentes
onde era babá e eles pagavam muio salário a menores de baixa renda por meio período de trabalho. Disse-me certa vez, que havia sido a melhor coisa que fizera em
sua vida. Como sempre foi muito estudiosa, ao terminar o segundo grau, papai lhe pagou a faculdade, onde ela cursou Pedagogia. Especializou-se em educação infantil
e, curiosamente, embora tenha feito um concurso público e passado, não gostou de trabalhar numa escola. Foi trabalhar para uma família inglesa no Rio. Seus patrões
eram responsáveis pela instalação de uma multinacional aqui. Ela trabalhou com eles por dois anos, mas não quis acompanhá-los para trabalhar com ele na Inglaterra.
    Cristiano deu um beijo nas bochechas de Lurdinha e chamou Paulo Emílio.
    - Não fique com ciúme. Somos irmãos. - Falou esboçando um sorriso, coisa rara em sua fisionomia.
    Paulo Emílio aproveitou para por mais uma vez o seus braços no ombro da namorada como sinal de posse.
    - Posso conhecer a moça? - Perguntou Cristiano, fazendo com que Lurdinha o encarasse duvidosa.
    - Não é o que você está pensando! Minha babá acabou de me deixar.  Estou desesperado para encontrar uma, que tenha qualidades. Talvez, se eu puder conversar
com essa moça... É uma coincidência incrível, não acha?
    Lurdinha ainda o observou em silêncio por alguns instantes.
    - Vou falar uma coisa, antes. Não estou bem certa se seria uma coisa boa para você...
    Por que? Ela não é uma pessoa correta? É irresponsável? - Perguntou ele apreensivo. Não queria deixar sua filha nas mão de pessoas que não fossem dignas de confiança.
    - Não! Não é isso! É que... Acho-a meio confusa, às vezes. Você viu há pouco. Ela me parece viver no mundo da lua.
    - Mas seus patrões reclamaram de seu trabalho alguma vez?
    - Não! Isso nunca! Muito pelo contrário., Eles a adoram e estão
penalizados por que não a levarão. É responsável e conscienciosa. E toma conta de três crianças ao mesmo tempo!
    Cristiano suspirou aliviado e Paulo Emílio suspirou impaciente.
    Percebendo a irritação do namorado, Lurdinha decidiu chamar por Márcia. A moça veio ainda meio sem graça por causa de sua distração minutos antes.
    - Oh, perdoe-me Lurdinha, eu pensei que eles falavam sobre algum tipo de doce...
    - Mas não deixa de ser, Márcia. - Disse Lurdinha debochando. - Esse rapaz quer falar com você. - E apontou para Cristiano que percebeu que a moça estava mais
vermelha ainda com o comentário de Lurdinha. Riu  por dentro e gostou por se sentir tão leve naquele momento. Há muito tempo não se sentia assim.

                                        Romances no Rio 4 -   Uma babá para amar 



                                                   





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Comentários

  1. ooo livrinho sensacional,poderoso,bafao
    amei adorei monaa
    beijinhosss

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  2. Ameii!!!! Muito bom!!! Bjokas

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  3. Olá! Sou Angela e tive o privilegio de ler um dos seus romances... Uma baba para amar... adooorei... é linda a história. Abraços e fica com Deus

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  4. è mas bem q eu queria matar esse mocinho viu? rsrrs mas adorei a história.
    Um abraço

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